A pele humana é um complexo órgão de barreira que oferece um ambiente para uma vasta gama de microrganismos.
Em 2017, uma publicação compilou informações sobre a relação entre o microbioma da pele e a função de barreira da pele, e considera mecanismos que podem ajudar a mantê-la, com relevância no racional de desenvolvimento de produtos para a pele.
A barreira da pele pode ser afetada por diversos fatores endógenos e exógenos (radiação UV, poluição medicamentos ou produtos de uso tópico) aos quais a pele está constantemente exposta. Esses fatores podem iniciar ou exacerbar problemas inflamatórios na pele, especialmente aqueles associados à disfunção da barreira, tais como sensibilidade e reatividade, reações alérgicas, dermatite atópica, acne, psoríase e rosácea.
Por outro lado, o ambiente bacteriano da pele é altamente dinâmico, com a composição e a abundância de bactérias variando consideravelmente entre os indivíduos dependendo do sexo, idade e etnia. Fatores externos (clima, radiação UV, poluição) e fatores relativos ao estilo de vida (dieta, hábitos de higiene, consumo de drogas ou álcool) também podem influenciar a composição do microbioma da pele.
Ainda assim, alterações na diversidade do microbioma da pele, podem contribuir para a disfunção da barreira da pele. Além disso, defeitos na barreira estrutural da pele podem resultar em uma inflamação crônica e na perda de diversidade microbiana.
Em suma, a simbiose entre a pele e seu microbioma é necessária para uma função de barreira da pele eficiente. Sendo assim, a manutenção da diversificada do microbioma cutâneo é importante para a saúde da pele; isso pode ser atingido através do uso regular de produtos adequados de cuidado para a pele, formulados especialmente para aumentar a atividade e o crescimento do microbioma prevenindo a disbiose e restaurando uma eficiente função de barreira.
Bibliografia